Flora



Medo! Essa é a palavra que define o sentimento de qualquer pessoa quando falamos da personagem que vos trago. Sandra Maia, ou Espoleta, ou ainda melhor, Flora Pereira da Silva é hoje considerada, por muitos críticos, como a maior vilã da telenovela brasileira – sim ela ganhou a tia Nazaré! – até hoje.

Mas, o que fez essa mulher ser um fenômeno do mal? Entre os dias 02 de Junho de 2008 e 16 de Janeiro de 2009 assistimos aos infindáveis 197 capítulos a história de uma dupla sertaneja, de um assassinato (que acabou virando vários) e de um golpe. Olhando assim, nem dá muita vontade de olhar mas, João Emanuel Carneiro conseguiu transformar isso em algo interessante. No começo todos ficam na dúvida sobre quem está falando a verdade Flora que saiu da prisão de pois de 18 anos acusada de matar seu amante Marcelo Fontini com quem teve uma filha, jura inocência e acusa Donatela (viúva de Marcelo, irmã adotiva de Flora com quem fazia a dupla Faísca e Espoleta na adolescência e mãe de criação de Lara, filha de Flora e Marcelo) de ter matado Marcelo. Complexo não? Não viram nada ainda. Donatela, por sua vez acusa Flora, e agora 18 anos depois é casada com o ex-marido de Flora, Dodi. Deu pra entender? Até aí nada complicado, duas mulheres, um assassinato uma jurando inocência e acusando a outra e a outra dizendo que uma vai destruir tudo. Então, depois de vários capítulos do sofrimento de Flora tentando convencer as pessoas de que era inocente e se aproximar da filha e depois do Brasil inteiro acreditar na inocência dela, descobrimos que Flora é a verdadeira assassina e todo tempo teve inveja de Donatela, desde a infância. Aí então começa a novela! Fato a ser discutido aqui é que Flora, a coitadinha que sofria nas garras da perua, era a verdadeira vagabunda.





A loirinha com cara de anjo, mas que de anjo não tem nada, consegue colocar Donatela (sua grande obsessão) na prisão pelo assassinato de Marcelo, mata mais meia dúzia, inclusive o pai de Marcelo, Gonçalo Fontini, Dr. Salvatore, uma testemunha, Maíra, uma jornalista que descobriu tudo, Dodi, entre outros; seqüestra a própria filha, que depois ela revela não ser filha de Marcelo e sim de Dodi; consegue roubar todo dinheiro do Grupo Fontini, deixando a própria Lara e avó na miséria; se mostra uma pessoa dissimulada e descontrolada o resto da novela inteiro e atribui apelidos como “purgante”, “mimadinha fofoqueira”, “pata-choca”, “vaquinha” “ pentelha”, esses só para a filha. O resto foi do tipo “velho babão” para seu Gonçalo, “velho caquético” para Copola, “velhinha sem-vergonha” e "Múmia" para Dona Irene. Além de um momento histórico em em que Flora obriga os convidados a aplaudirem depois de cantar Beijinho Doce e todos fazerem cara de origami para ela.






No final, depois de ser desmascarada na frente de muita gente e de tentar matar Donatela e o mocinho Zé Bob (a quem ela tentou seduzir a novela inteira mas não conseguiu), Flora leva um tiro da própria filha Lara, e vai pra cadeia. E quando todo mundo pensou que a mulher ia se acalmar uma detenta pergunta para ela: -Qual o seu nome?; e Flora responde: - Donatela.

“Atira. Aperta esse gatilho, se você tem coragem. Atira. Você não tem coragem. Não tem. E sabe por quê? Porque você não é uma assassina como eu”. (Flora, no derradeiro episódio 56, diante de Donatela, onde sua máscara de vítima cai perante o público)

Equipe Girl Action

Mayra Andrade


Luluzinha






Quem na vida NUNCA falou a frase "Turma da Luluzinha" ou "Clube do Bolinha" atire a primeira pedra! Criada em 1935 por Margie Henderson Buell, a história em quadrinhos mostra o cotidiano de uma esperta menina de 8 a 10 anos que gosta de aprontar muito. Principalmente quando o assunto é seu amigo Bolinha, fundador do famoso “Clube do bolinha” onde meninas não entram! O que desperta Raiva em nossa heroína infantil. Além disso, nas horas vagas ela cuida de Alvinho, o terrível.




No Brasil Luluzinha e sua turma apareceram pela primeira vez em 1995 em uma revista de quadrinhos. Desde então Luluzinha é um sucesso aqui no país, quem não conhece a garotinha travessa e seus atrapalhados amigos. Depois dos quadrinhos veio o desenho animado, o que aumentou sua popularidade, até hoje bem significativa no mundo infantil. Apesar de outras personagens femininas de sucesso nos dias de hoje (Hello Kitty, Moranguinho e Pucca) Luluzinha não fica para trás e ainda sim é um dos maiores ícones femininos, e claro, não podia faltar no Girl Action!




E esse ano (2009) foi publicada a versão da Luluzinha adolescente, o que é bem interessante para as fãs que já cresceram (e que muitos deles já morreram desde a sua criação, vamos combinar!).

Equipe Girl Action

Mayra Andrade

Lois


A personagem Lois Griffin do seriado de TV Family Guy (ou Uma Família da Pesada, como é conhecida no Brasil) se destaca por atuar como a mãe de família que põe um pouco de ordem na casa, entre os protagonistas da serie ela é a que mantém a compostura e um pouco de moralidade lutando muitas vezes para manter o mínimo de normalidade em sua casa. Ela é a adorável esposa de Peter Griffin, mãe de Christopher, Meg e Stewie Griffin. Constitui-se em uma voz de menos ignorância apesar de seu desprezo pela filha e os gostos duvidosos sugerirem que Lois é apenas mais uma afetada pelo meio em que vive. É uma mulher moderna e muito sexy que consegue arranjar tempo para cozinhar, cuidar da casa, dar aulas de piano e escapar às sucessivas tentativas contra a sua vida por parte do seu bebê Stewie. Lois é a voz da razão para Peter, que apenas lhe dá ouvidos quando já está metido em encrencas. No entanto, Lois por diversas vezes perdeu a cabeça em várias situações. Uma mãe de família que faz de tudo para protegê-la. Já vimos isso antes, não? O espaço na Girl Action é seu, Lois!
Equipe Girl Action
Christopher Begnini

Miranda Priestly




Agora vem ela na Girl Action! O diabo! Vestindo Prada, Valentino, Donna Karan, Bill Blass, Channel, e por aí vai. Ela pode! Ela tem, ela usa! Miranda Priestly é o que mais se encaixa no padrão de "mulher poderosa", em lobo em pele de lobo. Particularmente, falar dela, para mim, será uma tarefa árdua, porém, divertida!

Para Miranda Priestly, dinheiro, sucesso e fama não são nada quando embalados sem charme e elegância. Diretora de uma das revistas de moda mais importantes do mundo, Runway, ela dita o quê e quem está na moda com um simples acenar de mãos ou mordida nos lábios. Altiva, impiedosa e cruel, Miranda aponta novas tendências e destrói ou alavanca carreiras com a naturalidade de um juiz que manda um condenado ao corredor polonês da morte.



Porém, Miranda, por detrás de seu sapato Prada e seus vestidos John Galliano, esconde uma conturbada vida sentimental com o seu marido, o qual se separa com o decorrer do filme. Andy (ou "ÃÃnndrêaaã") a vê crua em sua residência discutindo com o seu marido, depois a presencia no hotel em Paris, arrasada, acabando seu casamento por telefone. A única coisa que Miranda Priestly não conduz bem em toda a sua vida, é o vida pessoal. Agora, lidar com inveja, mundo da moda, modelos, interesse, (in)subordinação, tendências e estilos, classe, talento, ela é PhD.



Uma das melhores cenas do filme, para mim, segue-se abaixo:

Numa sala decorada, num prédio belíssimo e imponente numa das maiores cidades do mundo, New York, desenha-se a seguinte situação: duas assistentes e um costureiro fazem uma exposição das novas peças desenvolvidas por estilistas americanos para Miranda – presidente da maior revista de Moda do país - Runway - até que Andréa – nova secretária de Miranda - é interpelada por ter achado a situação cômica. "É uma decisão difícil, são tão diferentes." Andy começa a rir e Miranda diz: - Algo engraçado? - Não, não, nada. Só que os dois cintos me parecem idênticos. Ainda estou aprendendo essas coisas.


Miranda então sorri com ironia e diz: - Essas coisas? Entendi. Acha que isso nada tem a ver com sua vida. Você vai até o guarda roupa e escolhe esse suéter azul folgado para dizer ao mundo que se leva muito a sério para se importar com o que veste. O que você não sabe é que esse suéter não é apenas azul. Nem turquesa. Nem lápis-lazúli. Na verdade, é cerúleo. E você não tem a menor noção que, em 2002, Oscar de La Renta fez vestidos cerúleos e Yves Saint Laurent jaquetas militares cerúleas. E o cerúleo foi visto em oito coleções diferentes e acabou nas grandes lojas e, um tempo depois em alguma lojinha vagabunda onde você sem dúvida, o comprou numa liquidação. Esse azul representa milhões de dólares e vários empregos e é meio cômico que ache que sua escolha a isente da indústria da moda quando de fato usa um suéter que foi selecionado pelas pessoas daqui no meio de uma pilha de... coisas."

O Diabo Veste Prada desliza apenas no final, quando a ironia é trocada pela lição de moral e a redenção de Andy tira um pouco do charme do filme. Mas isso não é nada diante da filosofia impregnada no enredo (me perdoem o pessoal da Publicidade, mas em Administração, eles assistem e discutem esse filme na cadeira de TGA2). E por aí encerro um briefing dessa diabólica mulher, Miranda Priestly. That's all!

Equipe Girl Action

Fernando Botti



Monica, Rachel e Phoebe

“I’ll be there for you…” É só tocar essa música e todo mundo lembra da série sobre amigos mais famosa até hoje. Por dez anos os amigos Mônica, Rachel, Phoebe, Ross, Chandler e Joey alegraram o pessoal.


Claro, que para trazer moças hilárias de seriados ao Girl Action, não podia faltar esse trio! Vamos nós a ficha pessoal das três moças aí em cima, com um ligeiro auxílio da Wikipedia (abençoada seja!):

Mônica Geller – A chef de cozinha interpretada por Courtney Cox é o que chamamos de neurótica por limpeza. É no seu apartamento que a maioria da série se passa. Mônica é irmã de Ross Geller e casa-se com Chandler com quem adota um casal de gêmeos. Além disso, a moça é bem mandona e odeia o seu passado, quando era uma adolescente obesa (o que é bastante mostrado nos flashbacks).

Rachel Green – era a mais mimada das criaturas por sua família rica, até abandonar o noivo no altar e ir morar com Mônica. Aí começou sua vida de “trabalhadora” no Central Park onde foi garçonete e depois como consultora de modas. Apaixona-se por Ross, que já era apaixonado por ela e depois de muitas indas e vindas têm uma filha com ele, Emma. Rachel é a que mais amadurece durante o seriado, tornando uma mulher decidida e responsável.

Phoebe Buffay – Podemos dizer que a mais engraçada foi a que teve a vida mais “trágica”. Phoebe saiu de casa aos 14 anos depois da mãe se matar e do pai abandonar a família. Foi moradora de rua, o que lhe faz ser a mais experiente dos seis como por exemplo: Ter morado em Praga, esfaqueado um policial (mas, como ela disse !Ele esfaqueou-me primeiro!) e ter assaltado Ross quando ambos tinham 14 anos. Phoebe ainda tem uma irmã gêmea, Úrsula, que a odeia e um meio-irmão, Frank, para quem aceitou ser “barriga de aluguel”. Trabalhou como musicista, massagista entre outros empregos bem excêntricos. Entre as músicas criadas por ela podemos destacar Smelly Cat (Gato Fedorento). As suas frases viraram bordões mundialmente conhecidos e ditos pelos fãs da série.

A série durou dez temporadas e foi o maior sucesso em todos os países em que foi exibido, chegando a render um milhão de dólares (por episódio) para cada ator na última temporada. Haja amizade!

Equipe Girl Action

Mayra Andrade

Xena



Não preciso nem dizer quem é a morena aí em cima né?! Xena, a Princesa Guerreira é um ícone cultural feminista. Interpretada pela atriz neozelandesa Lucy Lawless; a personagem apareceu pela primeira vez na série Hércules, por três episódios conhecidos como “Trilogia Xena”, que mostra a evolução da sedutora e malvada princesa tentando matar Hércules em sua mais nova aliada e amiga, grande amiga (se é que me entendem).







Por isso, a série Xena é derivada de Hércules e mostra a história da agora ex-assassina em uma missão para compensar seu passado. Tipo, passar o pão que o diabo amassou para se redimir. Ao decorrer da série de seis temporadas (1995-2001) Xena conhece Gabrielle, uma doce e jovem mulher que se torna sua melhor amiga e segue com ela na busca de sua redenção. Xena inspirou outras personagens das telinhas: Buffy – a caça vampiros, Max de Dark Angel, Sydney de Alias e a noiva de Kill Bill. Se tornou freqüentemente referida em videogames, quadrinhos, televisão e é claro em blogs, como o nosso.




Xena é a princesa guerreira, a heroína que quer fazer justiça e corrigir o seu passado. Nada mais crente e esperançoso que isso! Por isso ela merece seu espaço aqui no Girl Action, pois ela com seus chakrans, rodopiando que nem uma maluca lutando contra inúmeros capangas, despertando a ira de Zeus (e o seu amor também), peregrinando por terras longínquas, acaba se tornando uma máquina ambulante de luta! Vai que é tua Xena! Ayiyayiayiayiayiaiyaaaaa! (alguém se lembra do gritinho dela?)


Equipe Girl Action
Mayra Andrade

Buffy


Hey girls (e boys, por que não?)! Aproveitando a onda “vampiresca” trazida pelo filme Crepúsculo, vou postar sobre a personagem feminina que mais tem haver com esse tema. Quem não lembra de Buffy- a caça vampiros?





A loirinha forte e destemida vivida pela atriz Sarah Michelle Guellar, conquistou o público americano e depois o mundial ao lutar contra vampiros e monstros por nada mais nada menos do que 7 temporadas (haaaja fôlego moça!). Entre os anos de 1997 á 2003 vimos a história de Buffy summers uma aluna do colegial que descobre ser a escolhida para proteger o mundo contra o mal. E é isso que ela faz junto com seus amigos Xander,Willow, seu professor Gilles e seu amado (mas, vampiro) Angel – ah! Sim o bonitinho da série.







Joss Whedon, autor da série disse que se inspirou na força de sua própria mãe, além de Kitty Pride do X-men e Xena a princesa guerreira para originar Buffy. Escreveu primeiro o filme rodado em 1992, o qual foi um total fracasso. O pessoal da época era mais acostumado a ver a loira líder de torcida morrer do que sobreviver e ser a grande heroína. Esse foi o diferencial que Buffy fez no mundo televisivo, o feminismo era grande base da série, assim como a fase da adolescência. E deu certo, não?





Segundo o autor, "Eu criei a série para provocar essa reação forte, criei 'Buffy' para ser um ícone, uma experiência emocional, para ser amada de um modo que outras séries não conseguiam ser. É sobre a adolescência, a fase mais importante, quando se amadurece e se torna um adulto, e a série mitifica isso de uma forma tão romântica, que basicamente diz: 'Todo mundo que sobreviver à adolescência é um herói'. E isso é bastante pessoal, que as pessoas sintam algo com a série que é tão real.”



Além do mais, Buffy a caça vampiros é uma história pra ser contada em uma série, ao longo de temporadas, pois é complexa, divertida e emocionante demais para ser só um filme de começo, meio e fim rápido. Mas, em breve poderemos ter a refilmagem de Buffy. Estou ansiosa!



Equipe Girl Action
Mayra Andrade

Lara Croft





Apresento a vocês, leitores da Girl Action (apesar de muitos já a conhecerem ou terem ouvido falar), uma das maiores heroínas do nosso tempo: Lara Croft! A Tomb Raider (Escavadora, Exploradora de Tumbas) surgiu em 1996 para Playstation e PC, e desde lá já protagonizou 10 jogos de sucesso e 2 filmes estrelados pela única e aclamada Angelina Jolie.




Segundo a Wikipedia (abençoada seja): “Lara é geralmente apresentada como uma inteligente, atlética e às vezes imprudente inglesa de nobre origem que viaja pelo mundo em busca de artefatos inestimáveis. Conhecida como arqueóloga e aventureira, ela frequentemente se aventura em antigas, e muitas vezes perigosas, tumbas e ruínas. Além de armadilhas e quebra-cabeças, Lara encontra uma variedade de inimigos, incluindo rivais, gangsters, animais perigosos (incluindo dinossauros), criaturas lendárias e seres sobrenaturais. A natureza fantástica de suas aventuras arqueológicas tem recebido comparações com Indiana Jones”. Rápido demais?




Lara Croft foi projetada inicialmente por Toby Gard para ser um arqueólogo masculino (!), mas depois de ver seu original fracassar como aventureiro, surgiu a idéia de tornar o homem em uma bela mulher sob o nome de “Laura Cruz” (pqp!), uma sul-americana. Graças a muita discussão, foi feita a escolha do nome final e da sua nacionalidade inglesa. Enfim, para quem quiser informações sobre todos os jogos e as origens de Lara Croft, é só dar uma pesquisada nas locadoras, no Wikipedia ou jogando mesmo.




Partindo para uma análise psicológica, Lara vê a si mesma sem uma ambição de ser uma heroína. .Lara, como foi parcialmente explicado pelo Wikipedia, é uma mulher autêntica e de vasto conhecimento histórico e arqueológico, e é no meio de suas buscas e aventuras que se vê a Lara como uma heroína. Mesmo correndo, pulando (em lugares, que, vamos combinar, no jogo você NUNCA acharia que ela iria conseguir alcançar), caindo, se pendurando e girando (no mundo e pelo mundo) ao ir atrás da maior variedade de artefatos que, primordialmente, seriam de posse dela como colecionadora, Lara sempre termina disputando suas relíquias com outras pessoas interessadas nos poderes místicos e sobrenaturais dos objetos. Consequentemente, Lara cai no meio de todas as tramas terroristas e banditismos em geral, defendendo as peças e os possíveis poderes dentro delas para impedir que o mundo decline sob um poder grandioso. Ou seja: no final da história, Lara acaba agindo como mocinha contra algum(ns) vilão(ões) para salvar o mundo. Ainda que tenha consciência do bem que faz, Lara não quer levar crédito algum, simplesmente deseja livrar o universo de todo e qualquer mal.



A evolução em polígonos: mais real, mais feminina (e sem peitos em forma de cone)





Apesar de tudo, agir com o intuito de fazer o bem pode caber a qualquer um. Tomando um distanciamento da personagem, ainda assim se vê uma mulher “arrogante”, “implicante” e “humor desgostoso”, “cheia da grana” e um tanto (ou completamente) egoísta. Se engana, contudo, quem pensa assim. Para quem se divertiu durante os últimos dois jogos da série (sendo o Anniversary um remake do primeiro título) e assistiu os filmes que, mesmo com certos detalhes diferenciados, mostraram um pouco mais da Lara como ela é no seu interior, viu que a arqueóloga é muito preocupada com os amigos e com vidas humanas. O Anniversary, inclusive, gira em torno de todo o conflito de Lara ao ver sangue humano em suas mãos e a responsabilidade que seus atos, necessários para o Bem Maior, lhe trazem. Nos filmes, principalmente no primeiro, sente-se o quanto Lara é sensível quanto ao fato de sempre estar sozinha, da solidão que preenche sua vida e quão resguardada ela é na vida pessoal, amargurada com a perda dos pais e sempre correndo atrás da verdade sobre eles. Imagine: haja habilidade paterna e materna para criar uma filha assim! E por falar em habilidades, Lara Croft, poderia competir brilhantemente em qualquer olimpíada. Lara é uma ginasta de primeira (o que lhe salva a pele diversas vezes), alpinista, motorista ágil, atiradora de elite (ninguém pode com ela com duas pistolas nas mãos!), saltadora, nadadora, maratonista...





Saindo das habilidades físicas, Lady Croft é expert em diversos (e nem sempre divertidos) quebras-cabeça e passagens sem saída. Lara é a atleta que todo treinador gostaria de ter e a aluna perfeita no imaginário de todo mestre que se preze, além de ser o sonho de consumo de milhões de game-maníacos e o tipo de mulher que muitas meninas gostariam de ser. Lara Croft, independentemente de suas buscas pelo mundo, é um artefato vivo, jóia criada no mundo virtual e que das telas da TV e do cinema entrou no coração de muitos apaixonados por histórias brilhantes, magias antigas e mistérios que dão sabor especial à vida. Encerro por aqui a postagem ilustre desta incrível heroína dos tempos modernos!

Equipe Girl Action

Fernando Botti



Anita



Presença de Anita foi lançado em livro, em 1948, por Mario Donato, que depois virou novela, feito pelo mestre Manuel Carlos, em 2001. Anjo ou demonio? Menina ou Mulher? Anita, personagem vivida pela atriz Mel Lisboa na minissérie A Presença de Anita, era cheia de mistérios, e SEM DÚVIDA merece um espaço na Girl Action. Uma ninfeta que levava o amor às ultimas conseqüências, Anita não tinha medo de nada, ousava, inventava e magnetizava homens e jovens. Quem é Anita? A essa pergunta podemos responder assim: é... quem você quiser. Anita são todas, qualquer uma e nenhuma. Anita é tudo. Anita incendiava a mente e mexia com as fantasias de todos os homens. Anita é essa diversidade que nos encanta e nos assusta. Que nos atrai e nos afasta. Que queremos colocar no colo, sem saber direito se é para embalar num presente ou para colocar num saco plástico preto depois de ser morrer enforcada. Toda mulher tem alguma coisa de Anita, ainda que de maneira oculta, não revelada.



Porém, Anita era diabólica, e acreditava unica e obsessivamente no seu destino, com a certeza de que nada é por acaso, e tudo já está escrito. Um breve resumo da minissérie, acoplado com as características apocalípticas de Anita, podemos observar o rumo final da trama: Nando quer aproveitar o final de ano para dar o pontapé inicial em um antigo sonho: escrever um romance. Lúcia Helena só pensa em retomar a paixão em seu casamento. Zezinho quer viver seu primeiro amor. E Anita só quer seguir seu destino, com a certeza de que nada é por acaso, tudo está escrito. Para tentar escapar da rotina louca de São Paulo, Lúcia Helena resolve passar as festas de fim de ano com a família, em Florença, cidade do interior de São Paulo. Pensa em aproveitar o clima familiar para reacender a paixão em seu casamento. Nando vê nas férias, a possibilidade de escrever o seu romance. Em busca de inspiração, encontra Anita, a personagem ideal. Ela se mudou para um sobrado onde no passado aconteceu um crime de amor. Se Anita não pode mudar o destino, vive da forma mais intensa. Seduz Nando e desperta a primeira paixão de Zezinho. Com os dois, forma um triângulo amoroso que muda para sempre a vida de todos.



O mais intenso e interessante, para acrescentar um tom ainda mais tenebroso no enredo, há a existência de uma bailarina espanhola com cerca de 20 centímetros, feita em gesso, chamada Conchita. A boneca era um elemento fundamental na história, pois, segundo Anita, ela guardava a alma da ex-moradora do sobrado (onde a personagem foi morar), Cíntia, que morrera assassinada pelo amante. Você iria querer se envolver com ela?


"(...) só vejo um caminho: morrermos juntos duma vez!"
Equipe Girl Action
Christopher Begnini

Copélia



Toma lá, dá cá, leitores da Girl Action! Interpretada pela ilustríssima Arlete Sales, Copélia não é uma heroína, mas se for em um contexto de salvar alguém, ela age com suas piadas e frases hilárias. Mãe de Celinha, Copélia tem o espírito jovem e é muito vaidosa. Depois de incendiar acidentalmente seu apartamento, vai morar com a filha e com o atual marido da mesma, Mário Jorge, e também com o neto Adônis, que, no entanto, se refere a avó como "parenta" (por insistência dela, que não quer ser chamada de avó).

Sua maior companheira de baladas é Isadora, filha de Mário Jorge e Rita (alguém tem na família uma tiazona que faz isso?). Já esteve em muitos lugares e conheceu muitas pessoas nas cadeias do mundo todo, como ela mesma já disse. Usuária de roupas de cores extravagantes até dizer chega, adora andar nua, é compulsiva por sexo, anda sem calcinha e freqüenta o matagal junto com Deise e Ladir (na hora de compôr essa frase, soaram boas risadas). Segundo a síndica Álvara, "não é responsável pelas alças do próprio sutiã". Mas que mulher, hein?


No passado, protagonizou um filme pornô (considerado um clássico do gênero) chamado Carne em Chamas, onde foi creditada como Palmilha Shonga. É a personagem mais popular do sitcom, também responsável pelo maior bordão do programa: "Prefiro não comentar". Copélia já andou nua pela Europa inteira, além de ser presa em diversas partes do mundo, como na Indonésia e nos Estados Unidos.

E aí, com uma figura dessas existentes no acervo de personagens femininas, Copélia merece ou não merece um espaço no Girl Action? Nós, preferimos não comentar, e deixar com vocês!
Equipe Girl Action
Gabriela Montenegro

Bebel


Bebel é uma BITCH, e não só literalmente! A prostituta vivida por Camila Pitanga na novela Paraíso Tropical, vinda da Bahia com o vigarista Jáder e, no Rio de Janeiro, começa a trabalhar no calçadão de Copacabana. Ela se apaixona pelo empresário Olavo (Wagner Moura) e faz de tudo para ficar com ele.







Não se engane com sua esperteza, pois além disso, ela tem "catiguria" de sobra. Com o decorrer da novela, Bebel passa de uma figura vulgar a uma figura de classe mas com um vocabulário pobre, porém, sua riqueza só é mostrada nos erros de português. O sucesso da personagem foi tanto que até mesmo garotas de programa gostaram da personagem e viam um pouco de si mesmas nela, afinal, ela "fatura em uma noite o que vocês faturam em 3." O espaço é seu, Bebel!
Equipe Girl Action
Christopher Begnini

Meninas Super Poderosas



Crianças com super poderes? Sim, são elas mesmo! As meninas super poderosas. O desenho relata a história de três meninas chamadas Florzinha, Lindnha e Docinho, cujo objetivo é salvar o mundo e a cidade de Townsville de terríveis criminosos e criaturas perigosas, entre os quais se encontra Mojo Jojo. Elas vêm à vida durante uma experiência realizada pelo Professor Utonium, que acidentalmente mistura à fórmula composta por "açúcar, tempero e tudo que há de bom" o Elemento X, criando assim as três meninas com superpoderes, de quem ele passa a cuidar como filhas.


Com um teor infantil, Florzinha, Lindinha e Docinho simbolizam 3 tipos opostos de personalidade, porém, ambas com o mesmo intuito: Combater o mal com a bondade, e é claro, ir a escola todo dia e dormir cedo (sentiram a lição de moral para as crianças?). Florzinha é a líder do grupo, tomando sempre as decisões importantes, já Lindinha é meiga, inocente e muito amorosa. Docinho foge do esteriótipo "feminino" das outras duas, sendo impetuosa, agressiva e valente.




Com essas características, por que elas não apareceriam aqui na Girl Action? (não, não me refiro às características da foto acima) Então está aí, garotas poderosas, o espaço no nosso blog!
Equipe Girl Action
Gabriela Montenegro

Penélope Charmosa


Penélope Pitstop (Penélope Charmosa, para nós, brasileiros) é a herdeira de uma vasta fortuna pertencente à família Charmosa. Viajando pelo mundo inteiro, ela é a benfeitora e representante da família. Infelizmente, o seu consultor privado, Slyvester Sneeky (aqui, Silvestre Soluço), que ao contrário do que aparenta, tenta a todo o custo, acabar com Penélope para que assim possa apoderar-se da fortuna da família Pitstop e sair completamente ileso de uma enorme falcatrua, a qual passa por homícidio e roubo. Usando o nome de "Hooded Claw" (ou "Tião Gavião" para nós gringos) e ajudado pelos seus ajudantes os "Bully Brothers" (ou "Irmãos Bacalhau" na dublagem brasileira), cria todo o tipo de armadilhas para capturar Penélope e assim livrar-se dela. Porém, Penélope não está sozinha nas suas aventuras, pois conta com a ajuda dos Ant Hill Mob (ou "Quadrilha de Morte"), um grupo de sete gangsters muito simpáticos, que com o auxílio do seu carro, o "Chugaboom", salvam a indefesa Penélope das garras do Tião Gavião e dos seus capangas.Mas antes de ter a sua própria série animada The Perils of Penelope Pitstop (Os Apuros de Penélope Charmosa), esta simpática loura, que se veste de rosa e usa botas brancas, e os seus amigos, A Quadrilha de Morte, participaram na série animada Wacky Races (ou “Corrida Maluca”).




Porque Penélope resolve aparecer no Girl Action? Ela é bastante esperta e consegue sempre sair de uma armadilha, mesmo que esta seja complicada. Durante a história, Penélope costumava falar com o narrador, com a intenção de lhe contar o seu plano para escapar a uma armadilha, sempre com muita classe e um toque feminino ultrajante e delicado. No desenho A Corrida Maluca, ela é apaixonada por Peter Perfeito, que sempre a ajuda com os empecilhos da corrida (também, haja Mutley para tanta "joselitagem" de Dick Vigarista)


Equipe Girl Action
Christopher Begnini

Kill Bill

Sim, a heroína não é ninguém mais, ninguém menos que a explosiva A Noiva, espetacularmente interpretada por Uma Thurman nos volumes 1 (2003) e 2 (2004) da saga “KILL BILL”.
A Noiva (Uma Thurman): literalmente, vestida para matar.


A idéia do filme surgiu durante as gravações de “Pulp Fiction”, outro grande sucesso do irreversível Quentin Tarantino. Como qualquer outra obra sua, “KILL BILL” é um show do início ao fim. Para quem não conhece a história direito, o filme é dividido em 10 capítulos entre os dois volumes, que originalmente seria apenas um. Sem ordem cronológica (característico de Tarantino e fazendo referência ao caminho tumultuado da vingança), entramos num mundo louco, sangrento e desconfortavelmente assustador. A personagem A Noiva (que não tem o nome revelado até o segundo filme propositalmente) era uma assassina do Esquadrão Assassino de Víboras Mortais, sob o codinome Black Mamba (Mamba Negra) acompanhada de mais três mulheres e um homem, liderados pelo excêntrico Bill (David Carradine). Saindo do grupo sem mais explicações – assim se entende no vol. 1 – ela toma uma vida nova. No dia do seu casamento, contudo, a trupe a qual pertencia mata brutalmente todos no seu casamento e a espanca sem piedade, mesmo estando grávida (!). Para aumentar a crueldade, o próprio Bill dá um tiro na cabeça da noiva ensangüentada.





A noiva ensangüentada: primeira cena de um dos filmes mais populares de Quentin Tarantino.
Acordando quatro anos depois do coma (com uma placa de metal na cabeça), ela vê-se sem seu bebê e parte para o único objetivo em sua vida: matar a todos que fizeram mal a ela, e principalmente, matar Bill. O nome do filme já diz tudo, além de ser um trocadilho com “acerto de contas” (“bill” seria “conta”, e “kill” como “matar” – as contas -). Ainda há uma terceira referência, que só quem assiste pode saber. Para quem curte ação, suspense, adrenalina, muito sangue, drama pesado e trama bem elaborada, “KILL BILL” é um prato cheio (e frio) para o cinéfilo. O filme esbanja referências e homenagens a outros filmes e histórias, dos filmes de caubói até os samurais japoneses. Além disso, o longa metragem conta com uma excelente fotografia, e o colorido das cenas é fantástico, em trechos em preto e branco, no jogo de sombras, cenas em anime, movimentação de câmeras e freqüentes flash backs. As atuações são dignas de palmas, e o figurino é nota mil. O curioso, porém, é pensar se há, de fato, alternativa para a personagem do filme, que era apenas uma assassina, sem nada no mundo a não ser um bebê prestes a nascer que lhe foi tirado, querendo uma redenção que talvez jamais conseguisse. Um conselho meu, como fã de “KILL BILL”: assista, reflita, e forme sua opinião. Eu tenho a minha, e digo que A Noiva teve seus motivos para fazer o que fez. Sem mais, “KILL BILL” não é, com toda certeza, apenas um filme bom: é uma obra de arte.


Para quem já viu o filme, o bom seria começar de uma parte quase no final do Volume 2, durante o capítulo 10. Na cena, Bill (David Carradine) atira um dardo em (agora com o nome revelado) Beatrix Kiddo (olhem o K e o B do título!), contendo uma substância que não a permite mentir. O vilão conta a ela o quanto adora histórias em quadrinhos e faz uma comparação entre o Homem-Aranha e o Super-Homem, dizendo que o primeiro precisa vestir uma fantasia para ser um herói, e que o segundo veste a fantasia de humano como Clark Kent, sendo um herói a todo o momento. Nesse ponto, o antigo amor de Beatrix lhe pergunta se ela gostou de matar cada uma de suas vítimas durante sua jornada sangrenta de vingança. Para possível surpresa de muitos telespectadores, a até então heroína da história confessa que gostou SIM! Ela gostou de matar cada uma delas, provando ser uma assassina por natureza. Sentiu-se traído ao ver o filme? Não sinta-se. Convido novamente os leitores que, agora, espero que tenham assistido ao filme, reflitam sobre a conduta de Beatrix.


O melhor de Beatrix (e é o grande fator para se destacar no Girl Action) é seu senso de honra nos seus combates. Pode-se ver nas conversas entre seus inimigos o quanto eles a respeitam e que, de alguma forma, se sentem culpados por tudo que fizeram a ela. E mesmo no meio de todo esse universo louco em que ela está inserida, há espaço pro perdão e pro agradecimento. Não há nada mais lindo do que a cena do banheiro, onde Beatrix agradece a algo ou a alguém pelo objetivo ter sido alcançado e por ter sua filha de volta. Uma fé invisível até aquele momento, mas fé que a fez ser quem ela é: determinada, forte, heroína e... mãe.

Equipe Girl Action
Fernando Botti

Nenê e Bebel



Pense num seriado brasileiro de grande sucesso. Pensamos no mesmo? No máximo teria Sai de Baixo, mas é A Grande Família que conquista o seu espaço no Girl Action. Porém, precisamente falaremos de Nenê, e sua filha escalafobética Bebel. Nenê é a mãe que todo mundo pediu a Deus. Aliás, pro Agostinho ela também é uma sogra e tanto! Já pros rolos de Tuco, a história muda completamente de figura, porque ela morre de ciúmes das mulheres que aparecem na vida do filhão. Mesmo assim, no final das contas, Nenê sempre dá um jeito de acobertar as trapalhadas dos filhos, do genro e até dos amigos, como o Beiçola e a Marilda!



Ela está sempre disposta a cozinhar pra família, a ouvir os problemas alheios e ajudar todo mundo, mas quando se sente mal amada ou traída, pode ter certeza de que sua cozinha estará fechada para reformas. Uma guerreira e tanto! Afinal, toda heroína tem seus problemas! Então, para que a família tenha sempre a Super Nenê à disposição, Lineu é uma peça fundamental. Para ser feliz, ela precisa muito se sentir amada pelo maridão, ou seja, ficar em dia com o vinho do Porto das quintas-feiras... Se bem que sua prioridade agora é o netinho, Floriano.


Bebel já foi bastante mimada, mas desde que começou a trabalhar no salão da Marilda e a viver com Agostinho, a responsabilidade bateu-lhe à porta, entrou na sua vida e nunca mais foi embora. Também, vamos combinar que sustentar uma casa que tem um Agostinho como morador não é mole não! Às vezes ele ganha dinheiro, às vezes não, às vezes ele gasta com o que não deve... E aí, quem é que segura as pontas? Bebel e família, é claro! Para ter uma paciência e tanto com Agostinho, Bebel... OPA! BEBEL PACIENTE? Só de aguentar o Agostinho, Bebel já se torna uma heroína e tanto!



Equipe Girl Action

Gabriela Montenegro